Sempre que chego à Tailândia a minha prática comum assim que eu saio do avião é ficar um minuto a cheirar e a sentir o calor húmido na face e no corpo – A D O R O! Em 2016 fiz um roteiro pelo Nordeste da Tailândia, cerca de 3000 km em 12 dias. Foi a minha sétima viagem à Tailândia.
O objetivo desta “tour” era eu conhecer a realidade da população tailandesa que reside fora do grande perímetro urbano de Bangkok. No Nordeste da Tailândia, a maioria da população vê a imigração como a grande oportunidade das suas vidas, trabalhar num país estrangeiro é a realização de um sonho que permitirá a toda a família uma melhor condição financeira num futuro breve.
Visitei vilas, aldeias e cidades; Pitsanulok, Khon Kaen, Udon Thani, Buriram, Nakhon Ratchasima e Saraburi.
Fiquei alojada em algumas casas particulares, convivi com famílias, comi comida tailandesa, original livre dos “aditivos ocidentais” que a descaracteriza por completo.
Senti-me em casa, sem medos, andei sozinha pelas ruas e campos, todos me receberam bem, não haviam luxos, mas sempre muitos sorrisos nos rostos,
Por onde eu passava ouvia “falangue falangue” (significa estrangeiro em tailandês), estive em aldeias onde os locais não avistavam um turista há anos, estranho no país que é visitado por milhões de turistas anualmente, mas que infelizmente não chegam a estes locais genuínos e maravilhosos, porque simplesmente não fazem parte dos roteiros turísticos – Senti-me com sorte!
Conheci muitas pessoas, ainda hoje mantenho contactos com algumas, fiz amizades, partilhei com elas dias intensos, cansativos, mas muito produtivos.
Esta viagem foi para mim o ponto de viragem. Ganhei um respeito gigante pelo povo TAILANDÊS, entendi a cultura, as origens, a religião, integrei alguns princípios Budistas, pratiquei meditação, e pela primeira vez parei, vi e senti um país e as suas gentes.
Duas palavras: Admiração e Inspiração!