Há 15 anos iniciei a minha atividade profissional numa empresa com capitais estrangeiros, com um modelo de negócio completamente diferencial em Portugal. Uma sociedade anónima onde eu prestava assessoria à administração.
Foi um desafio e tanto, não existia uma estratégia de negócio ou de marketing.
O objetivo era colocar a “máquina” a funcionar a todo o vapor e com a maior brevidade possível, num negócio que eu não entendia “patavina”, nem nunca sequer tinha ouvido falar.
Trabalhei com afinco e dedicação, canalizando toda a minha energia e tempo para este novo projeto que tinha em mãos;
Acreditei nele, sempre, desde o primeiro dia.
Trabalhava 12 ou 14h por dia, usava 2 telemóveis, percorria centenas de quilómetros por semana, dormia 4/5h por noite. Férias não existiam, ou se existiam eram no máximo uma semana por ano, e sempre a atender telefonemas e a responder a emails, tudo era urgente e prioritário nesta empresa.
A empresa tinha 2 trabalhadores, eu e um colega estrangeiro. No primeiro ano conseguimos 12 clientes, a maioria empresas de renome no mercado nacional.
Sentia que tinha que dar o meu melhor, aproveitar esta oportunidade e só a minha total dedicação e estudo me podiam valer.
Comecei a viajar em trabalho para fora de Portugal em 2009, primeiro para Itália seguindo-se a Madeira, Grécia e por aí continuei…
Ter um trabalho destes era ouro sobre azul para mim, fazia-me sentir útil, realizada e sonhar com um futuro promissor.
E por outro lado eu tinha que ser bem-sucedida, à força, tinha que mostrar que era capaz (aos outros), queria ser uma mulher independente e emancipada (era talvez uma espécie de parvoíce, ou de moda na altura).
A par disto tinha um filho com pouco mais de 2 anos e ainda dava explicações de matemática, 2 vezes por semana a alunos do 5º ao 8º ano.
Seguiram-se anos desafiantes, o cansaço que descambou numa espécie de esgotamento, uma separação, a parentalidade do meu filho, discussões familiares, nova casa, nova vida, amizades supostamente oportunistas, chefes com deontologias pouco razoáveis, solidão, insatisfação e uma procura constante por alguma coisa, que nem eu sabia bem o quê… esta luta durou anos, talvez uns 7, os suficientes para tirar um graduado e valioso “MBA” da Vida.
Encontrar as pessoas certas
A magia aconteceu quando percebi, que tal como eu, existiam mais pessoas em busca dessa mesma procura.
Fui-me aproximando aos poucos deste novo mundo (meio reticente no início, como se tivesse a entrar para uma ceita religiosa), fui fazendo mentorias, com mentores nacionais inicialmente e depois internacionais, formações, ouvi podcasts aos montes e li carradas de livros, até encontrar o meu peer group.
Um grupo empreendedores, muito diferentes, mas com muito em comum.
Trabalhamos juntos a produtividade, o nosso desenvolvimento pessoal, a interajuda, a paixão pelo nosso negócio, partilhamos, aprendemos e ensinamos. Rimos juntos e choramos, como seres vulneráveis e simples que somos e inspiramo-nos uns aos outros…
Procuramos todos encontrar a nossa missão, uns já a encontraram, outros ainda não, mas está tudo certo, sabemos que estamos juntos e no caminho, e que o tempo é nosso aliado.
Os resultados na nossa vida acontecem quando nos rodeamos pelas pessoas certas.
Quando deixamos de ser vítimas queixosas e assumimos o comando da nossa vida.
Hoje sei qual é a minha missão e trabalho nela diariamente, com afinco, com garra e com muito amor;
Acredito que a minha experiência pode ajudar muitos empreendedores a conseguirem resultados extraordinários num curto espaço de tempo.
São 15 intensos anos, de muitas experiências, muitas aprendizagens, desafios e conquistas.
A mentoria é um verdadeiro mundo de descobertas, uma fonte inesgotável de criatividade, sabedoria, de inspiração e conhecimento.
É fazer acontecer, acompanhado pelas pessoas certas!